quarta-feira, 9 de março de 2011



Por que pensar ser dono do outro? De suas palavras, de seus atos, de seus olhares, e aos poucos querer-lhe tomar também sua alma?
Não, eu não desejo e nem nunca quero chegar a esse ponto, quero andar, conversar, olhar, amar, e não por ti, mas contigo, quero dividir todos os meus melhores momentos e relembrar depois de muito tempo que se não fomos os mais felizes chegamos bem perto disso, ou mesmo contestar essa medida de felicidade e nos pôr em primeiros da lista.
E quando existem demonstrações de intolerância, ou de ciúmes, é só meu ego pedindo um pouquinho mais de atenção, não se irrite, nem me ameace, porque ele [ego] será ferido, tudo bem, até que não faz mal, mas meu coração, ah! Esse se despedaça como um vidro vagabundo que não suporta a mínima pressão.
E se às vezes eu viajo e vou longe demais, é só a loucura e a vontade de sentir e de te ter das mais diversas formas que me forem permitidas, ouvindo as mais belas músicas e experimentando a mais agradável sensação, aquela que quando se encontra não quer ser perdida por nada no mundo.
O amor é contraditório, pelo menos o meu, entendê-lo seria muita ousadia, ao mesmo tempo em que dá, toma; e quando quer, tem que ser do seu jeito; é meu súdito, mas tem poderes incontestáveis sobre mim; faz-me cometer ora loucuras, ora maravilhas. Palavras me faltam, contradições não. Mas podem me perguntar por que não o expulso de mim, já que me confunde tanto, e eu responderei sem tempo para pensar: Por que é a melhor sensação que já senti na vida, e que, nunca, ninguém conseguirá descrever ou entender o que se passa a uma pessoa que ama.

Um comentário:

  1. É o que eu sempre digo (pelo menos pra mim mesma e em situação que pedem isso): A linguagem humana está longe de descrever sentimentos, principalmente o amor. E nunca vai descrever. Palavras são vãs demais pra falar dignamente de algo tão sublime.


    Good job, my dear daughter.
    :*

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